Tive conhecimento, muito recentemente, do conteúdo da obra
"Secular Philosophy and the
Religious Temperament: Essays 2002-2008", de Thomas Nagel, o que
me deixa curioso e impaciente para o ler.
Thomas Nagel é
um filósofo dos Estados Unidos nascido em Belgrado, a 4 de Julho de 1937. Actualmente
é professor de Filosofia e Direito na New York University. Os seus trabalhos
centram-se, principalmente, na Filosofia
da Mente, na Filosofia Política e
na Ética. Notabilizou-se, ainda, pela
crítica desenvolvida aos estudos reducionistas sobre a mente, através da sua obra
"What Is it Like to Be a Bat?" ("Como é ser um
morcego?"), de 1974.
É, também autor de "Uma breve introdução à
Filosofia"; obra de divulgação que aborda temas da filosofia em
linguagem acessível, propondo uma reflexão individual acerca de questões como "saber
o que é o certo e o que é o errado".
Há uns anos, Nagel conseguiu encolerizar muitos ateus
militantes e várias dezenas de cientistas, quando recomendou, no Times Literary
Supplement, um livro de Stephen Meyer, "Signature in the cell",
defendendo uma variante do Criacionismo, denominada Concepção Inteligente (Intelligent Design).
O problema dos críticos de Nagel, no que toca à recomendação
feita ao citado livro, é que confundiram duas questões, cujo ensaio "Secular
Philosophy and the Religious Temperament" cuida clarificar os
conceitos, criando duas alternativas:
-
Acreditar que Deus existe e que foi ele que criou o Universo, connosco
incluídos; ou
-
Acreditar que a vida está cientificamente ordenada através de uma vontade
inteligente, mesmo que não se acredite em Deus.
Para Nagel, esta dissociação é possível.
Claro que estando envolvida na discussão uma possibilidade
de ligação a Deus, há imediatamente uma espiral de loucura e excessos à volta
dos argumentos utilizados de parte a parte.
Nagel é a melhor excepção que encontro neste momento, além
de que não é aquilo a que se chama "um crente".
-
Analisados estes pressupostos, dou comigo a pensar em duas questões alternativas
(cada vez mais actuais):A vida, na generalidade (ou apenas a vida humana[?]),
foi-se desenvolvendo por contingências avulsas, motivada por mecanismos de
sobrevivência, como defendem os seguidores de Darwin…? ou
-
Foi gizada de acordo com uma inteligência superior, mesmo que não seja
considerada Deus, mas apenas um outro tipo de ser, suficientemente inteligente
para nos criar…?
Eu tenho uma opção relativamente a estas duas questões; só
que esse Ser, para mim, está bem definido…
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