sexta-feira, 1 de junho de 2012

INTELIGENT DESIGN



Tive conhecimento, muito recentemente, do conteúdo da obra "Secular Philosophy and the Religious Temperament: Essays 2002-2008", de Thomas Nagel, o que me deixa curioso e impaciente para o ler.

Thomas Nagel é um filósofo dos Estados Unidos nascido em Belgrado, a 4 de Julho de 1937. Actualmente é professor de Filosofia e Direito na New York University. Os seus trabalhos centram-se, principalmente, na Filosofia da Mente, na Filosofia Política e na Ética. Notabilizou-se, ainda, pela crítica desenvolvida aos estudos reducionistas sobre a mente, através da sua obra "What Is it Like to Be a Bat?" ("Como é ser um morcego?"), de 1974.

É, também autor de "Uma breve introdução à Filosofia"; obra de divulgação que aborda temas da filosofia em linguagem acessível, propondo uma reflexão individual acerca de questões como "saber o que é o certo e o que é o errado".

Há uns anos, Nagel conseguiu encolerizar muitos ateus militantes e várias dezenas de cientistas, quando recomendou, no Times Literary Supplement, um livro de Stephen Meyer, "Signature in the cell", defendendo uma variante do Criacionismo, denominada Concepção Inteligente (Intelligent Design).

O problema dos críticos de Nagel, no que toca à recomendação feita ao citado livro, é que confundiram duas questões, cujo ensaio "Secular Philosophy and the Religious Temperament" cuida clarificar os conceitos, criando duas alternativas:
- Acreditar que Deus existe e que foi ele que criou o Universo, connosco incluídos; ou
- Acreditar que a vida está cientificamente ordenada através de uma vontade inteligente, mesmo que não se acredite em Deus.

Para Nagel, esta dissociação é possível.

Claro que estando envolvida na discussão uma possibilidade de ligação a Deus, há imediatamente uma espiral de loucura e excessos à volta dos argumentos utilizados de parte a parte.

Nagel é a melhor excepção que encontro neste momento, além de que não é aquilo a que se chama "um crente".
- Analisados estes pressupostos, dou comigo a pensar em duas questões alternativas (cada vez mais actuais):A vida, na generalidade (ou apenas a vida humana[?]), foi-se desenvolvendo por contingências avulsas, motivada por mecanismos de sobrevivência, como defendem os seguidores de Darwin…? ou
- Foi gizada de acordo com uma inteligência superior, mesmo que não seja considerada Deus, mas apenas um outro tipo de ser, suficientemente inteligente para nos criar…?

Eu tenho uma opção relativamente a estas duas questões; só que esse Ser, para mim, está bem definido…

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